Após uma revisão de três anos feita por órgãos de química e física, dois novos elementos foram acrescentados à tabela periódica. Os elementos estão atualmente sem nome, mas já se sabe que ambos são altamente radioativos e existem durante menos de um segundo antes de decair em átomos mais leves.
A tabela periódica é a organização oficial de elementos conhecidos, organizados de acordo com suas propriedades e estrutura atômica.
A revisão foi realizada por um grupo de trabalho conjunto da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) e da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP).
Nos últimos anos, houve várias reclamações por parte de laboratórios internacionais sobre a descoberta de novos elementos químicos nas posições 113, 114, 115, 116 e 118 na tabela periódica.
O grupo de trabalho concluiu que os elementos 114 e 116 preenchiam os critérios para a inclusão oficial na tabela. Os outros, por enquanto, ainda não.
Os novos elementos estão sendo provisoriamente chamados de ununquadium e ununhexium, mas os nomes finais ainda serão definidos.
A descoberta dos dois elementos foi creditada a equipes colaborativas dos laboratórios Joint Institute for Nuclear Research, em Dubna, Rússia e Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, Estados Unidos.[BBC]
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Computadores químicos
A grande variedade de computadores desenvolvidos, em diferentes formas, pode dar a impressão de que as técnicas de produção estão muito avançadas, mas todas partem do mesmo princípio: a interação de elétrons com silício. Em busca de uma nova alternativa, o pesquisador Andrew Adamatzky tentou construir um computador baseado não em mecanismos eletrônicos, mas em reações químicas.
A chave para essa técnica é o uso de compostos químicos que entram no que os cientistas chamam de “Reação BZ (Belusov-Zabothinski, em homenagem aos dois cientistas que descobriram, em diferentes épocas, a primeira e a segunda etapa desta reação)”. A Reação BZ é notória por emitir ondas de maneira “lógica”, cuja frequência pode ser interpretada para criar algoritmos. Tais sequências podem ser a base da computação química.
A construção consiste em unificar uma série de compostos químicos (chamados de “vesículas”), que comprovadamente operam a Reação BZ. A ideia básica de “computadores químicos” já havia sido levantada anteriormente, mas esta é a primeira vez em que cientistas reconhecem as aplicações do princípio na geometria dos computadores. A Reação BZ, segundo eles, pode calcular o espaço baseado no Diagrama de Voronoi, um conceito que hoje é aplicado na construção de telefones e na matemática.
Porque, afinal, fazer computadores que funcionem com reações químicas? A metade de Adamatzky, a longo prazo, é ousada: “no futuro, queremos construir computadores que possam ser incorporados ao corpo humano”. Enquanto isso ainda não é possível, os pesquisadores de Bristol desenvolvem o projeto usando computadores comuns, “simulando” reações químicas. [New Scientist]